Urgência e Emergência
Atendimento Primeiros Socorros em Parada Cardíaca e Respiratória
Parada Cardio Pulmonar
- PCR: Parada Cardio Respiratória - Cessação irreversível das funções cerebrais.
- Parada Cardíaca: Interrupção repentina da função do bombeamento cardíaco, que pode ser revertida com tratamento rápido.
- Morte Súbita: PCR inesperado por causas naturais geralmente cardiovasculares com ou sem sintomas, surgindo no máximo 1h antes do evento.
Parada Cardíaca
- cessação brusca de circulação sistêmica, frequentemente de forma inesperada
- pacientes não portadores de moléstia crônica ou progressiva ou necessariamente mortal
- muitos pacientes têm parada cardíaca fora do hospital, sem sintomas prévios
- pacientes que apresentam sintomas e ignoram, minimizando a presença dos sintomas, demorando a procurar um médico
- essa demora contribui substancialmente para a incidência de morte súbita fora do hospital
Causas da PCR
Causas Primárias
- problema no próprio coração, causando arritmia cardíaca, geralmente a fibrilação ventricular
- causa principal é a isquemia cardíaca (chegada insuficiente de sangue oxigenado ao coração)
- são as principais causas de PCR no adulto que não foi vítima de traumatismos
Causas Secundárias
- disfunção do coração é causada por um problema respiratório ou por uma causa externa
- são as principais causas de PCR em criança e em vítima de traumatismo
- oxigenação deficiente: obstrução de vias aéreas e doenças pulmonares
- transporte inadequado de oxigênio, hemorragias graves, estado de choque e intoxicação por monóxido de carbono
- ação de fatores externos sobre o coração: drogas e descargas elétricas
Algumas causas de PCR
- anóxia (falta de oxigênio)
- afogamento
- pneumotórax hipertensivo (ar no pulmão) (geralmente por objeto perfurante)
- obstrução das vias aéreas
- alergias
- drogas anestésicas
Avaliação do Nível de Consciência
A- acordado (abertura ocular)
V- estímulo de voz (ouvir a voz da pess. respondendo)
I- inconsciente ou irresponsivo
Após a constatação da inconsciencia, a PRIMEIRA medida do socorrista deverá ser a de chamar o Apoio Médico para o local com o desfibrilador.
- toda parada a pessoa está inconsciente, mas nem sempre o inconsciente está em parada.
Hoje em dia todo local com grande movimento de pessoas é obrigado a ter um desfibrilador e uma pessoas treinada para manipular o aparelho.
Sinais de PCR - Parada Cardio Respiratória
- ausência de respiração: pode preceder a parada cardíaca ou ocorrer após seu estabelecimento
- o paciente pode manter respirações agônicas durante 1 min. ou mais
- ausência de pulso central: no adulto é o pulso carotídeo (pescoço), na criança o pulso braquial (braço).
Consequencias da PCR
- ausência da circulação do sangue interrompe a oxigenação dos órgãos
- após alguns min (menos de 4 min) as células mais sensíveis começam a morrer
- os órgãos mais sensíveis à falta de oxigênio é o cérebro e o coração
- a lesão cerebral irreversível ocorre após 4 a 6 min (morte cerebral)
Até 4 min a PCR pode ser tolerada geralmente sem morte cerebral.
Objetivos da RCP (Reanimação Cardio Pulmonar)
- oxigenar e fazer o sangue circular até o tratamento definitivo (hospital)
- retardar o máximo a lesão cerebral
- prolongar a duração da fibrilação ventricular impedindo que ela se transforme em assitola, permitindo assim que a desfibrilação tenha sucesso
- reverter a PCR
RCP básica
- iniciar-se prontamente de 1 a 4 min e se os cuidados avançados iniciarem-se dentro de 8 a 10 min (ideal)
- mais de 40% dos casos de fibrilação ventricular que ocorrem fora do hospital podem ser reanimados com êxito.
- se houver acesso a um sistema de atendimento de emergência
- medidas de RCP básica
- desfibrilação
- cuidado avançado eficiêntes e o mais rápido possível
Nestes casos acima a pessoa tem grandes chances de sobreviver.
Procedimentos da RCR (Ressuscitação Cardio-Respiratória)
A= abertura das vias aéreas
B= ventilação artificial (boca a boca)
C= circulação artificial
D= desfibrilação
Abertura das vias aéreas
-determine a inconsciência
- abra as vias aéreas da vitima (incline a cabeça da vítima para trás e faça a elevação do mento (queixo)
- se houver suspieta de lesão cervical faça a elevação do queixo ou com a tração mandibular SEM a inclinação da cabeça (caso de acidentes, por ex)
- após a abertura das vias aéreas, veja se a vitima está respirando
- ver, ouvir e sentir o movimento respiratório e não gaste mais que 5 seg. nesta avaliação
- se a vitima não estiver respirando, inicie a ventilação boca-a-boca.
Ventilação Artificial (boca-a-boca)
- respire fundo, abra sua boca e coloque ao redor de toda a boca da vitima, soprando seu ar para dentro dela. Caso seja criança, não sopre com muita força para não romper os pulmões.
- faça 2 ventilações (1,5s a 2s para cada ventilação)
- observe a elevação do tórax
- não esqueça de tapar o nariz da vitima quando estiver soprando o ar para dentro dos pulmões (sem criança, sopre nariz e boca juntos)
- uma ventilação adequada corresponde de 800 a 1.200 ml de ar expirado.
Lembre-se!
- o volume de ar administrado é mais importante que o ritmo da ventilação.
- após 2 ventilações iniciais, deve-se verificar o pulso carotídeo (5 a 10s)
(cont. na próxima aula)
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